Os gastos com consumo pessoal (PCE) nos Estados Unidos em abril aumentaram US$ 151,7 bilhões ou 0,8% mensalmente, revelou o Bureau of Economic Analysis do país em seu relatório publicado na sexta-feira.

O índice de preços PCE no mês relatado cresceu 0,4% em relação a março, enquanto avançou 4,4% ano a ano. Excluindo alimentos e energia, o índice foi 0,4% maior em abril em relação ao mês anterior e 4,7% em relação ao ano anterior.

Em abril, a renda pessoal aumentou US$ 80,1 bilhões, ou 0,4%, e a renda pessoal disponível (DPI) aumentou 0,4%, ou US$ 79,4 bilhões. Enquanto isso, o Real PCE teve uma inclinação de 0,5%, enquanto o Real DPI teve um crescimento de menos de 0,1% mês a mês.

EUA – Núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) (Mensal)
EUA – Núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) (Anual)
EUA – Índice de Preços PCE (Anual)
EUA – Índice de Preços PCE (Mensal)

O que é?

O Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) mede a variação nos preços que os residentes nos Estados Unidos, ou aqueles que compram em seu nome, pagam por bens e serviços. As mudanças no PCE são responsáveis por capturar a inflação (ou deflação) em uma gama de despesas do consumidor e refletir o consumidor do consumidor, um exemplo é a diminuição do consumo de um bem que sofreu um aumento de preços por outro bem substituto (similar). O PCE é o índice de preços favorito dos formuladores de políticas do Federal Reserve (Fed), por diferenças metodológicas pontuais em relação ao Índice de Preços ao Consumidor (CPI).

Qual o impacto?

Em linhas gerais, o PCE mede o aumento da inflação aos consumidores americanos, e, no contexto atual, o aumento da inflação tende levar o Federal Reserve a manter sua postura agressiva ou aumenta-la, portanto, um aumento do PCE impacta negativamente os ativos de risco, já a sua queda impacta positivamente.

O que está acontecendo?

A divulgação do relatório de gastos dos consumidores norte-americanos de abril apresentou leve aumento acima do esperado em todas as sazonalidades do núcleo, e também no anualizado do índice cheio, já no mensal do índice cheio veio conforme o esperado.

A leitura do relatório demonstra que a inflação aos consumidores americanos pode ter encontrado dificuldades de continuar cedendo no índice cheio, o que se deve à persistência do núcleo do indicador, que permanece oscilando na mesma região ao longo de 2023. Apesar de haver algum progresso na inflação aos consumidores, o mercado de trabalho aquecido e os salários têm sido um dos principais responsáveis pela rigidez do núcleo da inflação, dentre outros fatores como a resiliência do setor de serviços (setor que mais emprega no país).

O aumento do PCE em abril abre margem para mais aumentos na taxa de juros americana, ou para possíveis aumentos futuros ao longo do ano, com isso, os ativos de risco tendem a ser impactados negativamente caso a autoridade monetária decida por seguir este caminho.

No entanto, caso o Federal Reserve continue com sua postura e pause os aumentos na taxa de juros americana, será possível visualizar os ativos de risco se beneficiando no curto prazo.

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